Conceição Evaristo Thalma de Freitas Vilma Melo Smara Pataxó Erika Hilton Majur
20 E 21.NOV.25
CASA MUSEU EVA KLABIN
INGRESSOS GRATUITOS
VOZES FEMININAS NEGRAS E INDÍGENAS EM DIÁLOGO PELA TRANSFORMAÇÃO
2ª EDIÇÃO

SOBRE O PROJETO

O Comunicação Antirracista nasceu da urgência de transformar o debate público e as práticas de comunicação no Brasil. Parte do princípio de que comunicar é mais que uma escolha ética — é um ato de justiça. O projeto foi criado para ser um espaço de pensamento, mobilização e ação, onde palavras viram pontes, silêncios se transformam em vozes e a ausência estrutural dá lugar à presença e à reparação.

A primeira edição, “Comunicação Antirracista: Consciência, Resistência, Ação”, aconteceu em 31 de maio de 2024, no Museu Nacional da República, em Brasília. Reuniu ativistas, especialistas e representantes de políticas públicas para refletir e propor caminhos de equidade racial. A programação contou com Cristiane Sobral, Midiã Noelle, Rodrigo França, Pâmela Carvalho, Deives Rezende Filho, Ana Paixão, Erisvan Guajajara, Ayla Tapajós, Ilka Teodoro e o secretário Tiago Santana, do Ministério da Igualdade Racial. O encerramento ficou por conta de Brisa Flow, reafirmando a arte como resistência.

Após o sucesso em Brasília, o projeto chega ao Rio de Janeiro, de 19 a 23 de novembro de 2025, durante o Mês da Consciência Negra. A segunda edição, com o tema “Vozes Femininas Negras e Indígenas em Diálogo pela Transformação”, acontece na Casa Museu Eva Klabin. A programação será dedicada à potência das mulheres negras e indígenas, ampliando o olhar sobreo racismo estrutural e propondo novas narrativas de futuro.

Inspirada no pensamento de Lélia Gonzalez e homenageando Conceição Evaristo, esta edição reafirma a palavra como instrumento de resistência e reparação. Reúne Clara Anastácia, Vilma Melo, Thalma de Freitas, Vera Lúcia Santana Araújo, Samara Pataxó, Eliane Potiguara, Érika Hilton e Mônica Cunha em painéis mediados por Daniele Salles e com registro textual de Pâmela Carvalho. Além dos debates, o evento promove ações educativas para estudantes da rede pública e celebra a cultura negra com o DJ set de Marta Supernova e o show de encerramento de Majur — compondo uma jornada que reafirma a comunicação como prática de justiça e transformação.

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LINHA DO TEMPO
BRASÍLIA

Conciência,
Resistência e
Ação

RIO DE JANEIRO

Vozes Femininas Negras
e Indígenas em Diálogo
Pela Transformação

PROGRAMAÇÃO

20.NOV - 17H

PAINEL 1

OCUPAÇÃO & NARRATIVAS:
DA TELA À REPARAÇÃO

Com Clara Anastácia, Vilma Melo e Thalma de Freitas | Mediação: Daniele Salles

Este painel investiga a tela como território em disputa, onde a história da presença negra no audiovisual é indissociável da luta por cidadania. A conversa reúne três mulheres pretas que atuam em eixos vitais da criação: a atriz que inscreve corpo e voz em cena, a roteirista que ergue a palavra e a estrutura, e a artista que expande a narrativa para o palco e a canção. É um debate sobre como a “escrevivência” se faz ato, convertendo os ofícios de atuar, escrever e cantar em ferramentas de reparação e de construção de futuros.
20.NOV - 19H15

PAINEL 2

TECNOLOGIAS DE REEXISTÊNCIA:
A ESCREVIVÊNCIA
DE CONCEIÇÃO EVARISTO

Com Conceição Evaristo | Mediação: Daniele Salles

Homenageada desta edição, Conceição Evaristo apresenta os fundamentos da Escrevivência — vida escrita que desloca o cânone e restitui presença às memórias silenciadas — com ênfase em primeira pessoa, corporeidade, território, oralidade e memória como tecnologias de narração e reexistência de mulheres negras e povos indígenas.

Neste painel, Conceição Evaristo trata da palavra como instrumento de cuidado, denúncia e reparação simbólica e material, articulando raça, gênero, classe e território; e afirma a literatura como prática pública de democracia.
20.NOV - 20h

DJ SET

Marta Supernova

A noite de abertura será encerrada pela DJ e pesquisadora musical Marta Supernova. Conhecida por sua energia contagiante e seus sets que atravessam a black music, do soul ao funk, passando pelo R&B e ritmos brasileiros, Marta Supernova é uma das DJs mais requisitadas da cena carioca. Sua performance é uma celebração da pista de dança como um espaço de liberdade, encontro e afirmação da cultura negra.
21.NOV - 15H

PAINEL 3

Tribunas de Resistência:
Justiça e Direitos em Disputa

Com Vera Lúcia Santana Araújo e Samara Pataxó | Mediação: Daniele Salles

Como se disputa a justiça em um sistema historicamente construído para nos silenciar? Este painel reúne duas juristas que atuam no coração da institucionalidade brasileira para debater as estratégias e os desafios da luta por direitos. A conversa abordará a violência política que mira candidaturas negras e indígenas e as ferramentas que a Justiça Eleitoral pode oferecer como salvaguarda, explorando a necessidade de uma perspectiva interseccional e decolonial para garantir que a lei sirva, de fato, como um instrumento de proteção e equidade.
21.NOV - 16H30

PAINEL 4

OCUPANDO O PODER: LEGADO,
FUTURO E ANCESTRALIDADE
NO PARLAMENTO

Painelistas: Eliane Potiguara, Érika Hilton e Mônica Cunha | Mediação: Daniele Salles

Três trajetórias que conectam parlamento, sociedade civil e literatura como ferramentas de transformação. Érika Hilton traz a experiência legislativa e o enfrentamento à violência política de gênero e raça; Mônica Moura soma a incidência social e a articulação de base; e Eliane Potiguara, pioneira na luta pelos direitos dos povos indígenas, convoca a palavra como ação, memória e futuro.

Juntas, discutem táticas, alianças e cuidados para avançar em um projeto de país antirracista e plurinacional, atuando dentro e fora do Estado.
21.NOV - 18h

PÔR DO SOL ESPECIAL

MAJUR

O encerramento do evento será um show especial e potente com a cantora e compositora Majur. Com sua voz única e uma sonoridade que mescla MPB, afropop e R&B, Majur se consolidou como uma das artistas mais importantes de sua geração. Mulher negra e trans, ela traz em suas letras e em sua presença de palco a força de uma narrativa de amor, identidade e empoderamento que dialoga diretamente com a essência do nosso encontro. O show "Pôr do Sol" foi pensado como um momento para celebrar os caminhos abertos e os futuros que estamos construindo.

PARTICIPANTES

Conceição Evaristo
É escritora, ficcionista e ensaísta. É Mestre em Literatura Brasileira (PUC-Rio) e Doutora em Literatura Comparada (UFF). Vencedora do Prêmio Juca Pato (2023) e eleita para a Academia Mineira de Letras (2024). Sua primeira publicação foi em 1990 (Cadernos Negros). Tem oito livros publicados, incluindo o vencedor do Jabuti, Olhos D’água (2015), com obras traduzidas para diversos idiomas. Foi homenageada na Ocupação Itaú Cultural e como personalidade literária no Prêmio Jabuti (2019)..
Conceição Evaristo
É escritora, ficcionista e ensaísta. É Mestre em Literatura Brasileira (PUC-Rio) e Doutora em Literatura Comparada (UFF). Vencedora do Prêmio Juca Pato (2023) e eleita para a Academia Mineira de Letras (2024). Sua primeira publicação foi em 1990 (Cadernos Negros). Tem oito livros publicados, incluindo o vencedor do Jabuti, Olhos D’água (2015), com obras traduzidas para diversos idiomas. Foi homenageada na Ocupação Itaú Cultural e como personalidade literária no Prêmio Jabuti (2019)..
Thalma de Freitas
É artista - atriz, cantora e compositora indicada ao Grammy, pensadora e empresária cultural que divulga o soft power brasileiro. Aos 51 anos e mais de 30 de carreira, reafirma sua trajetória como cantora de jazz brasileiro. Em residência na Casa de Francisca, se apresentou nos festivais Povos da Floresta, Doce Maravilha e Coala, onde dividiu palco com Amaro Freitas e Mateus Aleluia. Lançou recentemente “Não Foi em Vão”, canção já apontada como uma das mais inspiradas do ano.
Vilma Melo
Vilma Melo é atriz e produtora cultural cuja arte pulsa com a força das histórias negras e questões sociais. Ela dá voz a personagens que revelam as múltiplas camadas da experiência afro-brasileira. Em 2017, foi pioneira ao conquistar o Prêmio Shell de Teatro como Melhor Atriz. Além das atuações no teatro, cinema e televisão, Vilma dedica-se a projetos culturais que ampliam o acesso à arte e fortalecem a representatividade negra, fazendo da cultura um instrumento de transformação.
CLARA ANASTÁCIA
É roteirista, diretora e escritora da Favela da Pedreira (RJ). É criadora do gênero "Melodrama Decolonial" com seu filme "Escasso", selecionado pelo MoMA (EUA) para a mostra "Novos Diretores, Novos Filmes 2023". A obra ganhou prêmios como o Redentor de melhor curta no Festival do Rio (2022), três prêmios no Festival de Brasília (2022) e Melhor Curta pelo Canal Brasil. Profissional experiente em streaming e TV, iniciou carreira na Netflix e atuou em plataformas como Star+, HBO, Globoplay e TV Globo.
Vera Lúcia Araújo Santana
Ministra Substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Araújo é advogada com trajetória nas esferas pública e privada. No TSE desde 2024, é Vice-diretora da Escola Judiciária Eleitoral, preside a Comissão de Prevenção ao Assédio e integra a Comissão de Promoção da Igualdade Racial. Na advocacia, atuou com conselhos profissionais e organizações sindicais. Foi consultora em questões quilombolas, Conselheira da Comissão de Anistia e do Conselhão. É ativista da Frente de Mulheres Negras do DF.
Samara Pataxó
É doutora e mestre em Direito pela Universidade de Brasília; é advogada, atuou como assessora jurídica de organizações indígenas para a defesa dos direitos dos povos indígenas em âmbito nacional e internacional; é membra da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político - Abradep; e desde 2022 é Assessora-Chefe de Inclusão e Diversidade da Secretaria-Geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral- TSE.
Erika Hilton
Deputada Federal por São Paulo (2022) e eleita a melhor Deputada Federal pelo prêmio Congresso em Foco de 2024, destaca-se pelo trabalho pelos direitos sociais. É autora da PEC que propõe o fim da escala 6x1, da Lei da Política Nacional de Trabalho Digno para a População em Situação de Rua, e do relatório do Projeto para que o casamento homoafetivo se torne Lei, entre outras propostas.
Eliane Potiguara
Professora, escritora e poeta indígena Potiguara. Formada em Letras e Educação pela UFRJ. Foi indicada em 2005 ao "Mil mulheres ao Prêmio Nobel da Paz". Fundadora do GRUMIN (Grupo Mulher-Educação Indígena) e membro de diversas organizações como Inbrapi e Ashoka. Trabalhou pela Declaração Universal dos Direitos Indígenas na ONU. Autora de “Metade cara, metade máscara” e “O coco que guardava a noite”. Ganhou o Prêmio literário do PEN CLUB da Inglaterra e do Fundo Livre de Expressão (USA) pelo livro “A terra é a mãe do índio”.
Monica Cunha
Defensora de direitos humanos. Técnica em Educação Antirracista. Cofundadora do Movimento Moleque. Integrante do Movimento de Familiares de Vítimas do Estado. Ex Vereadora do Município do Rio de Janeiro..
Dani Salles
Jornalista, pedagoga e mestre em Educação. Nascida no subúrbio carioca, mulher preta e mãe da Malu e da Helô. Com trajetória voltada à integração entre educação, cultura e transformação social, atua há mais de duas décadas em projetos de formação e inovação educacional. É idealizadora e presidente do Instituto Ecio Salles, criado em memória do escritor e gestor cultural Ecio Salles, com o propósito de preservar sua obra e fomentar ações de formação, memória e literatura periférica.
Pâmela Carvalho
Educadora, historiadora, gestora cultural e pesquisadora ativista das relações raciais, de gênero e dos direitos de populações de favelas. É mestre em educação (UFRJ). É coordenadora-pesquisadora da ”Casa Preta da Maré” (Redes da Maré) e representa a organização no FOPIR e na Coalizão Negra por Direitos. É editora na Revista Amarello e Fast Company, e fundadora do Quilombo Etu. É coordenadora do Centro AfroCarioca de Cinema (Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul). Moradora do Parque União, na Maré.
Martha Supernova
É produtora musical e artista plástica e sonora carioca, formada em Cinema (Puc-Rio). Suas pesquisas sonoras perpassam por tech house, house, miami bass e techno. É idealizadora das festas Quero Quando Levo e Festa da Marta. Em 2024, tocou no Time Warp e Doce Maravilha, tendo se apresentado também no Rock in Rio (2022) e dividido line com nomes como Carl Cox. Lançou o EP "Tá Foda Essa Bocada" (Gop Tun Rec). Seus trabalhos em arte contemporânea incluem obras na Bienal de São Paulo (2023) e Museu da Diversidade (2024).
Majur
Majur dos Santos Conceição, conhecida como Majur, é cantora e compositora de Salvador (BA). Começou sua carreira aos cinco anos no coral da Orquestra Sinfônica da Juventude de Salvador. Conhecida por suas músicas do gênero R&B e MPB, que abordam relações afetivas e empoderamento. Tornou-se figura proeminente na música brasileira, especialmente após sua participação na música "AmarElo" com Emicida e Pabllo Vittar. Majur destacou-se por sua representatividade, sendo a primeira mulher trans a se apresentar no Palco Mundo do Rock in Rio 2024.
PRESERVE, RECICLE, REUTILIZE.
ANTIRRACISMO É PRÁTICA DIÁRIA: RESPEITO, REPARAÇÃO E AÇÃO.
CLASSIFICAÇÃO LIVRE